Em pronunciamento, na sessão ordinária de quarta-feira (02), na Casa da Cidadania, o vereador Roberto Tourinho (PV), seguindo o pronunciamento do colega Alberto Nery (PT) sobre a realização da licitação para contratação de empresa de consultoria para análise do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão do serviço de transporte coletivo urbano por ônibus no município de Feira de Santana, criticou duramente os empresários do ramo de transportes públicos da cidade.
“Feira de Santana tem uma das tarifas de transporte mais caras do Brasil. Recentemente, o jornalista Glauco Wanderley apresentou uma relação de cidades e capitais do Brasil e Feira de Santana tem uma das tarifas mais caras, inclusive mais cara que a cobrado no Rio de Janeiro. O Município anuncia que já está na reta final das obras do BRT, fez um empréstimo de R$ 90 milhões para tal, e até o momento não sabemos como as empresas vão atuar se a São João está falida, aplicando o calote, alegando que não tem R$ 8 milhões para pagar aos credores. Se não tem como pagar aos credores como vai comprar ônibus para utilizar no BRT, já que devem ser adaptados?”, questionou.
Ainda no uso da tribuna, Tourinho ressaltou que o empréstimo será pago com o dinheiro do povo. “Nery anunciou a realização da licitação, mas vale lembrar que o Poder Público não deve discutir situação financeira de permissionárias do serviço público. Elas venceram uma licitação e cobram muito caro para prestarem um serviço de péssima qualidade. Essas empresas veem para Feira de Santana apenas para obterem lucro e não têm compromisso. Um exemplo claro disso é que na licitação ficou claro que não será permitida a circulação de ônibus com placas de outras cidades, mas circulam”, observou.
Para finalizar, Tourinho disse estar preocupado com o funcionamento do BRT, levando em consideração a situação financeira das empresas. “Sou um crítico das empresas de transporte, pois são em sua maioria picaretas. Precisamos mesmo ficar atentos ao que estas empresas estão fazendo em nossa cidade”, findou.