De acordo com informações do Metrópoles, o ministro afirmou que há “perversão” na forma como a mídia trata a prisão de políticos. Os advogados do emedebista pediam transferência de Cabral de Curitiba para o Rio, de onde saiu por supostamente receber regalias na prisão, após decisão de Bretas.
“Tem um lado animalesco que está se manifestando em cada um de nós. É um tipo de perversão. Fico com vergonha. Pessoas alfabetizadas, que tiveram três ou quatro refeições por dia, se comportam dessa forma animalesca”, disse o ministro, que era relator da matéria. O magistrado votou a favor do HC.
Gilmar descreveu Bretas um dos “juízes mais ricos do Rio de Janeiro”, que no entanto, recebe auxília-moradia junto à esposa, também juíza. “Espero que o CNJ tome as providências necessárias”, comentou o ministro, durante o voto.
O ministro também criticou quem considera excessiva a concessão de um banheiro privativo para o ex-presidente Lula na sala onde cumpre pena na sede da Polícia Federal em Curitiba. “O ex-presidente Lula vai ter uma suíte, um banheiro. Onde estamos com a cabeça? Do que estamos falando? Onde foi a nossa sensibilidade?”, questionou. “Combater o crime sim, punir sim, mas com respeito à dignidade da pessoa humana”, disse.
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