Com a saída de Raul Jungmann do Ministério da Defesa, o general Joaquim Silva e Luna assumiu interinamente e tornou-se o primeiro militar a ocupar o cargo desde a criação da pasta, em 1998.
A situação repercutiu negativamente na imprensa e entre especialistas. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso chegou a comentar a situação, dizendo que “governos, sobretudo quando não são fortes, apelam para os militares”.
Nesta quarta-feira (28), no entanto, segundo o colunista Lauro Jardim, de O Globo, Michel Temer teria garantido a um interlocutor, durante conversa no Palácio do Planalto, que nomeará para o cargo um civil.
Ainda de acordo com o colunista, o presidente da República afirmou que o nome para ocupar a pasta será decidido em até 15 dias. A mudança no Ministério da Defesa ocorre devido à transferência de Raul Jungmann para a liderança do novo ministério da Segurança Pública, criado na segunda-feira (26).
“A escolha do presidente vai ser de um civil. O general está lá como interino apenas porque era o secretário-executivo do ministério, e é o que geralmente acontece quando o titular deixa o posto, até que o novo ministro assuma”, disse um ministro ao O Globo, pedindo anonimato.
O atual cenário brasileiro, com intervenção federal no Rio e o Ministério da Defesa chefiado interinamente por um militar, também levou o comandante do Exército, general Villas Bôas, a se pronunciar e afastar a chance de militarização da gestão Temer.
“Convém salientar que a intervenção federal não é uma intervenção militar. Ela foi decretada pelo presidente da República, com base no artigo 34 da Constituição Federal, em um segmento específico da administração pública de um estado da federação, para fazer frente à escalada da criminalidade que tem vitimado a população do Rio de Janeiro”, disse.
POR NOTÍCIAS AO MINUTO