Em pronunciamento, na sessão ordinária desta quarta-feira (29), na Casa da Cidadania, o vereador Alberto Nery (PT) repercutiu a situação do pedido de reputação judicial solicitado pela empresa São João, uma das permissionárias do transporte público em Feira de Santana.
“A questão do transporte é a ordem do dia do Município. Não se pode fingir que não está acontecendo nada. Não passado houve um enfrentamento das pessoas com a Prefeitura, inclusive com manifestações na Getúlio Vargas. Eu venho dizendo que o BRT não vai a lugar nenhum e futuramente será ossos secos, mas o prefeito não quer debater essa situação. As empresas venceram a licitação e se comprometeram em colocar ônibus novos na cidade, porém em um ano a empresa Rosa teve ônibus apreendidos e escondidos em fazendas e até em outras cidades. Mas, ela tinha carros reservas para cobrir e assim fez com ônibus mais velhos e agora a São João está passando pelo mesmo problema”, pontuou Nery.
Ainda no uso da tribuna, o edil afirmou que o pedido de recuperação judicial feito pela empresa São João é uma forma de acordar como ela irá cumprir suas obrigações e para ele isso já é um anúncio de falência. “Outras empresas estão com o mesmo problema que ela e funcionários já foram demitidos. Os trabalhadores da São João estão trabalhando com medo de serem demitidos e não receberem seus direitos trabalhistas. A empresa deveria ter apresentado um bem como forma de custódia para garantir os pagamentos das obrigações trabalhistas. Mas, volto a dizer que o governo não quer debater isso. Há tempos a empresa vem afirmando que está com dificuldade financeira, houve audiência pública e ela não compareceu e fica então a “obscuridade”, a falta de transparência. Já propomos fazer uma CPI, pois parece que há uma caixa preta que não querem abrir”, analisou.
Nery afirmou que a empresa tem apenas dois anos em Feira de Santana e já pediu recuperação judicial. “Quando ela chegou aqui fizeram questão de ressaltar que está há 50 anos no mercado e em apenas dois anos em nossa cidade já está falida”, observou.
Também participando do debate, o edil Roberto Tourinho (PV) afirmou que a conversa deve ser curta. “A Prefeitura fez um empréstimo de R$ 90 milhões para a construção do BRT , quase 10% do orçamento do Município. As empresas têm condições de operar no BRT? Estamos falando também de uma empresa que está em pré-falência”, disse Para finalizar, Nery lembrou que tanto a Prefeitura quanto a empresa São João podem romper com o contrato.