A testemunha do caso Fifa Alejandro Burzaco, que trabalhava para a Torneos y Competências SA, da Argentina, afirmou que a Rede Globo pagou propina para vencer a concorrência dos direitos de transmissão de competições internacionais. A emissora teria participado do pagamento junto com outras cinco TVs.
Segundo a Folha de S. Paulo (via Bloomberg), Burzaco foi interrogado nos Estados Unidos durante esta terça. Ele é uma das testemunhas de acusação de José Maria Marín, ex-presidente da CBF, preso em Nova York.
O ex-mandatário da entidade teria recebido propina em contratos da confederação. Ele e outros seis cartolas foram presos em 2015, durante viagem a Zurique, na Suíça.
“Ela usou os direitos de TV para expandir o seu sinal em toda a América, da Argentina aos Estados Unidos”, disse Burazco sobre o envolvimento da Globo. Ele também está preso desde 2015.
Em nota ao Estadão, a Rede Globo se manifestou:
“Sobre depoimento ocorrido em Nova York, no julgamento do caso Fifa pela Justiça dos Estados Unidos, o Grupo Globo afirma veementemente que não pratica nem tolera qualquer pagamento de propina”, diz o texto. “Esclarece que após mais de dois anos de investigação não é parte nos processos que correm na Justiça americana. Em suas amplas investigações internas, apurou que jamais realizou pagamentos que não os previstos nos contratos. Por outro lado, o Grupo Globo se colocará plenamente à disposição das autoridades americanas para que tudo seja esclarecido. Para a Globo, isso é uma questão de honra. Não seria diferente, mas é fundamental garantir aos leitores, ouvintes e espectadores do Grupo Globo que o noticiário a respeito será divulgado com a transparência que o jornalismo exige”, concluiu.
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