Um asteroide do tamanho de um Boeing 747 esteve muito perto da Terra, passando a 124 mil quilômetros de distância do nosso pequeno planeta azul. E os astrônomos não tinham menor ideia da sua existência até esta quinta-feria, três dias depois de sua passagem.
O asteroide 2017 001 chegou a cerca de 124 mil quilômetros da Terra. Só para comparar, a lua está a 384.400 quilômetros de distância e alguns satélites em órbita terrestre alta já se afastaram a 320 mil quilômetros do nosso planeta natal.
O asteroide tinha 25 metros de largura (mais ou menos três ônibus) e 78 metros de comprimento (aproximadamente a envergadura de um Boeing 747). O objeto passou pela Terra sem ser detectado devido à sua superfície escura e não reflexiva, dificultando a sua visualização nos telescópios.
A modo de comparação, o asteroide que explodiu nos arredores de Chelyabinsk, na Rússia, em 2013, que feriu quase 1.500 pessoas e causou dezenas de milhões de dólares em danos, era de 17 e 20 metros de comprimentos.
O incidente, portanto, é um motivo de preocupação. Um asteroide desse tamanho, ao atingir uma cidade, pode provocar a morte de centenas de milhares de pessoas. O meteoro de Tunguska, em 1908 por exemplo, destruiu 1240 quilômetros quadrados de floresta na Sibéria e liberou mil vezes mais energia do que a bomba atômica que foi lançada contra Hiroshima, no Japão, em 1945.
A Nasa estima ter descoberto 90 por cento de todos os objetos nas proximidades da Terra e maiores que um quilômetro de comprimento. No entanto, há inúmeros asteroides menores que ainda podem causar danos catastróficos à humanidade se atingirem a Terra.
“Por enquanto, nenhum asteroide conhecido representa um risco de impacto com a Terra nos próximos 100 anos”, disse o oficial de defesa planetária da Nasa, Lindley Johnson, em uma declaração de junho. “Encontramos principalmente os maiores asteroides e temos muitos mais menores, mas ainda potencialmente perigosos para encontrar,”disse o especialista.
“Os astrônomos encontram asteroides próximos à Terra todos os dias e a maioria é inofensiva. Mas ainda é possível que o próximo Tunguska nos surpreenda e, apesar de sermos muito melhores em encontrar asteroides maiores, isso não nos ajuda se não estivermos preparados para fazer algo sobre eles”, disse Alan Fitzsimmons, especialista em asteroides da Queen’s University em Belfast, também em junho.
Com informações do Sputnik Brasil.