O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, amenizou o efeito das delações premiadas de executivos e ex-diretores da Odebrecht sobre o Palácio do Planalto e disse que permanecerá no cargo. “Eu lastimo que todos aqueles que pensavam que iam me ver pelas costas tenham se enganado”, ironizou, em entrevista ao Estado. A frase do ministro, homem forte do governo, foi um recado aos adversários.
Citado como “preposto” do presidente Michel Temer no anexo da delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho, Padilha afirmou que não se manifesta sobre o que “não existe”, pois nada ainda foi homologado. Pela sua contabilidade, o número de candidatos à cadeira do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki – relator da Lava Jato morto em acidente aéreo no dia 19 – já “passa de 30”. O chefe da Casa Civil disse que Temer está à procura de um “perfil técnico”, como o de Zavascki, mas não descartou a possibilidade de alguém do governo ocupar a vaga.