O cateterismo feito pela equipe médica do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, na ex-primeira-dama Marisa Letícia, 66, mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC) nesta terça-feira, foi bem-sucedido, segundo o hospital e uma fonte ligada à família dela. O principal objetivo era estancar o sangramento no cérebro provocado por um aneurisma (dilatação anormal de um vaso sanguíneo).
Agora, a ex-primeira-dama, que ainda continua em estado grave, vai para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde deverá ficar por até três dias. A evolução da recuperação vai determinar quando ela irá para o quarto. Os médicos não observaram nenhuma sequela até o fim do procedimento, mas a existência de dano e sua extensão só poderão ser avaliados após esse período na UTI.
O procedimento durou cerca de uma hora e meia. O cateterismo consiste em colocar um catéter (uma espécie de tubo flexível) no corpo, a partir da virilha e até o cérebro, onde, por meio dele, é possível estancar o sangramento. Durante todo o tempo, a ex-primeira-dama ficou sedada e entubada.
Marisa passou mal em seu apartamento em São Bernardo do Campo por volta do meio-dia. Foi socorrida e levada ao Hospital Assunção, na cidade, onde foi diagnosticado o AVC. Ela foi, então, levada de ambulância para o Sírio-Libanês. Lula, que estava em São Paulo em um ato da Central Única dos Trabalhadores (CUT), chegou antes dela ao hospital.
Entre os políticos que foram ao hospital em busca de informações estavam o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o presidente estadual do PT, Emídio de Souza, e o ex-vereador Jamil Murad (PCdoB), que é médico.