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Delação da Odebrecht faz partidos da base aliada avaliarem saída do governo Temer

Osvaldo Cruz
2 Min Leitura

9ago2016-o-presidente-interino-michel-temer-durante-lancamento-em-brasilia-de-programa-de-revitalizacao-da-bacia-do-rio-sao-francisco-1471977900474_615x300Com a ‘delação do fim do mundo’ – alcunha dada aos acordos de colaboração premiada firmados pelos executivos da Odebrecht – vindo à tona, partidos da base aliada da gestão Michel Temer já avaliam qual seria o melhor momento para desembarcar do governo. Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, nem mesmo os mais fiéis apoiadores do peemedebista apostam na melhora do ambiente político após a cúpula palaciana, incluindo Temer, ser alvejada pelas revelações de que foi beneficiária de pagamentos ilícitos realizados pela empreiteira.

Ainda de acordo com a publicação, aliados começam a se queixar do governo em escala semelhante às reclamações feitas contra Dilma Rousseff no início da crise política que culminou no impeachment. A sucessão de escândalos envolvendo figuras do núcleo duro do governo tem irritado os descontentes.

O último, que acabou na saída de Geddel Vieira Lima, apenas agravou a situação. Aliados avaliam que, conforme os detalhes da delação venham a público, o grupo favorável ao presidente perca argumentos. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, é um dos que defende distância regulamentar de Temer, a despeito do aprofundamento das relações entre PMDB e PSDB.

O receio é de que os tucanos sejam levados ao centro da crise junto com o governo. A possibilidade de abandono de siglas aliadas à gestão remete a um episódio ocorrido em março deste ano, quando o PMDB, face ao agravamento da crise política no governo Dilma, decidiu desembarcar da administração da petista.

BH

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