O vereador Edvaldo Lima (PP) ocupou a tribuna da Casa da Cidadania, na manhã desta quarta-feira (02), para destacar uma carta aberta – dirigida à sociedade feirense – da empresa de ônibus Rosa, que integra o sistema de transporte coletivo urbano de Feira de Santana.
Segundo a referida carta, que foi lida na íntegra pelo vereador Edvaldo, a referida empresa afirma encontrar dificuldades na prestação do serviço em Feira de Santana desde a frota emergencial. Ela se queixa também do sistema alternativo e do transporte clandestino, afirmando que ambos se tornaram “concorrentes desleais para as empresas de ônibus, com a conivência da Administração Municipal”.
Outro problema apontado pela empresa Rosa é a decisão da Administração Municipal de efetuar o pagamento do vale transporte aos seus servidores em dinheiro. “Isso retira importante fonte de receita das empresas concessionárias do transporte e dar uma aparência de legalidade aos transportadores clandestinos/alternativos, com a criação de ‘moeda’ específica para os alternativos e a confissão de fazerem uso como moeda dos vales emitidos pelas concessionárias”.
A carta ressalta ainda que “as receitas da nossa empresa não estão bastando para arcar com os custos operacionais, incluindo mão de obra. Até o momento, a empresa vem pagando corretamente os salários de seus colaboradores. Porém, o mesmo não vem ocorrendo quanto ao FGTS, diante do quadro financeiro. A Rosa esclarece que está buscando quitar o débito junto à Caixa Econômica Federal da forma mais rápida possível. Certamente, isso não gerará prejuízos aos nossos colaboradores”.
Após a leitura, Edvaldo disse, com base em informações do vereador Alberto Nery (PT), que a empresa São João, que também opera o sistema de transporte coletivo em Feira de Santana, não está depositando corretamente o FGTS dos seus funcionários.
O oposicionista alertou que, diante do exposto na carta aberta, a qualquer momento as empresas Rosa e São João podem deixar de prestar o serviço em Feira de Santana, como aconteceu com as empresas 18 de setembro e Princesinha. Em sua opinião, o Governo do Município tem que ter mais compromisso com o sistema de transporte público, principalmente “cumprindo o que foi acordado com as empresas no contrato de licitação”.
Edvaldo Lima ressaltou que os ônibus do transporte coletivo são novos, mas não estão cumprindo os horários preestabelecidos. Para ele, o transporte público ainda precisa de melhorias.
Na oportunidade, o edil defendeu o sistema alternativo e a regularização do transporte clandestino, sobretudo dos que atuaram no município, quando as empresas 18 de Setembro e Princesinha deixaram de prestar o serviço. “Porque se não fossem os alternativos e os ligeirinhos esta cidade seria uma parafernália do inferno quando ficou sem o sistema de transporte”, avalia.
com informações da Ascom