As autorizações judiciais para mudança de gênero em crianças foram alvo de críticas do vereador Edvaldo Lima (PP), na sessão ordinária da Câmara Municipal de Feira de Santana, na manhã desta terça-feira (22).
Para chamar a atenção das famílias, o edil iniciou o pronunciamento citando uma passagem bíblica: “Provérbios 22:6 – ‘Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele’”.
Em seguida, Edvaldo Lima informou que o senador Magno Malta (PR) está agindo contra a autorização da Justiça do Mato Grosso, que permitiu a mudança de nome e de sexo de um menino de 9 anos de idade.
Também contrário ao posicionamento da Justiça, Edvaldo disse que o país está criando cidadãos e cidadãs para o mal. “E daqui a alguns anos acontecerão vários suicídios, porque as autoridades estão impondo às crianças a mudarem de sexo”, alertou.
Na oportunidade, ele informou que um caso semelhante de mudança de gênero aconteceu no estado da Bahia. “O jornal Estado de São Paulo mostra em uma reportagem que um garoto de 5 anos de idade, em Salvador, ganhou o direito de ser menina. O menino baiano, que não teve o nome de batismo revelado, passou a se chamar oficialmente de Isabela”.
Inconformado, Edvaldo questionou: “onde é que está um pensamento de um juiz, um magistrado, que dá direito a uma criança de 5 anos de idade a fazer a sua transferência de sexo. Eu acho que isso é uma aberração neste país e na nossa sociedade baiana”, criticou o edil, afirmando que “essa atitude não provém de Deus”.
Segundo o vereador, o argumento da família é que Isabela tem disforia de gênero e que desde o ano passado, o ex-menino é uma das 32 crianças atendidas pelo Ambulatório de Transtorno de Identidade de Gênero do Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo. Por isso, já é considerado um transexual.
Edvaldo Lima discorda desta justificativa. “Isso é uma mentira, uma aberração das autoridades constituídas, de laboratório e de quem quer que seja”, valia.
Para ele, é antagônica a maneira como a criança e o adolescente são tratados no Brasil, uma vez que as autoridades resistem para baixar a maioridade penal, mas autorizam a mudança de gênero neste público.
“Eu parabenizo o senador Magno Malta pela atitude corajosa que tem de defender a família lá no Congresso Nacional”, disse Edvaldo, conclamando a bancada evangélica da Casa da Cidadania a se pronunciar sobre o tema.
Ascom