Em pronunciamento na Casa da Cidadania, nesta quarta-feira (17), o vereador Pablo Roberto (PMDB) informou que cerca de 200 mutuários inadimplentes do Conjunto Feira IX foram notificados por oficiais de justiça que seus imóveis serão leiloados pela Caixa Econômica Federal.
“A Caixa Econômica, ao longo da história, sempre que pode ou sempre que tem vontade, vem fazendo algumas negociações com alguns moradores. Mas nos últimos meses, para a nossa surpresa, vários moradores estão sendo surpreendidos por oficiais de justiça ou por outras pessoas que alegam ter comprado as suas casas em leilões da Caixa e, a partir daí, começam a colocar os mutuários para fora”, disse o peemedebista.
Buscando resolver a situação dos moradores do Feira IX, o edil ressaltou que está tentando um encontro com a direção da Caixa Econômica Federal. Disse também que já participou de reuniões com os mutuários e que amanhã, no horário das 13h30, está marcado uma audiência na Defensoria Pública da União.
“O que tem me chamado muito atenção é a forma como a Caixa Econômica faz isso. Por exemplo, um imóvel que diz lá no IPTU que o seu valor venal é de R$ 30 mil, a Caixa Econômica coloca essa casa para venda no leilão por R$ 13 mil, casas que são avaliadas hoje em R$ 250 mil. E o mais grave: as pessoas vão até o escritório da Caixa para tentar resolver a situação, mas não conseguem, é a maior burocracia. No entanto, uma única pessoa, por exemplo, no último leilão, arrematou oito imóveis”, queixou-se.
Pablo acrescentou: “as pessoas investiram tudo que tinham, mais de 20 anos de investimentos, casas que são avaliadas em mais de R$ 200 mil, foram arrematadas no leilão da Caixa Econômica Federal por R$ 16 mil. Os moradores estão com as mãos na cabeça, sem saberem o que fazer, porque já existe um processo de despejo”, lamenta.
Sem revelar nomes, o peemedebista disse que “pessoas de má fé começaram a ir para o conjunto Feira IX vender ilusão, dizer que os moradores tinham dinheiro para receber do seguro. Eu espero que essas pessoas que agiram de má fé, vendendo falsos sonhos para aqueles moradores, possam também colocar a cabeça no travesseiro e fazer uma reflexão de que isso não se faz”, pontuou.
Ascom