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Eremita acredita que bom relacionamento entre edis e secretários pode evitar desgastes

Osvaldo Cruz
5 Min Leitura

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Em discurso proferido na tribuna da Câmara Municipal de Feira de Santana, nesta quarta-feira (11), a vereadora Eremita Mota (PDT) tratou do relacionamento entre os vereadores e secretários municipais.

Para Eremita, se existisse um relacionamento melhor entre o Legislativo e o Executivo, este tipo de denúncia poderia não acontecer. “Nunca vi tantos governistas falarem tanta coisa contra o próprio Governo. Acho que isso se dá devido à falta de interação entre os vereadores e os secretários. Não sei de quem é a culpa. Mas os vereadores, se você olhar, quais as funções do vereador: fazer leis, fazer as leis serem cumpridas, fiscalizar o Executivo, uma das principais do vereador. Além disso, uma ação nítida do vereador, temos a função que nos é dada, a questão cultural de sermos representantes do povo no que diz respeito a resolver os casos das pessoas”, disse.

No entanto, a vereadora ressalta que isto não inclui fazer pedidos ilícitos. “Quando a pessoa vem dizendo que estacionou em local irregular, ele não vem pedindo nada ilícito, mas ele entende que o vereador tem o poder de ter uma acessibilidade maior. Nunca vou à Secretaria nenhuma pedir nada ilícito, nada que eu veja que seja ilícito, apenas o que está dentro da legalidade, apenas para ajudar pessoas que têm dificuldade. Se temos dificuldade de acesso, imagine o povo?”.

A edil citou três Secretarias que são muito visitadas pelo público e que, segundo ela, há muitas solicitações de demandas da população. “Têm três Secretarias mais visitadas pela população: Habitação, Trânsito, Desenvolvimento Econômico”.

Eremita disse que, muitas vezes, se sente impotente diante dos pedidos. “Nós quando vamos procurar um secretário, dá impressão de estarmos buscando benesses. Quando começa a disputa política, acha que você está pedindo algo e alguém vai te dar muitos votos. Ou o próprio secretário, não vai com a cara daquele vereador e, por isso, não resolve. Sinto-me impotente”, ressaltou.

A vereadora acredita que não seria necessário um pedido do prefeito para que o vereador fosse recebido. “Acho injusto precisar conversar com o secretário de Trânsito para resolver um problema e passar por um bilhete do prefeito. Isso é um absurdo! Nenhum vereador foi eleito para pedir nada ilegal. Se tivesse o feedback dos secretários, o vereador não precisava de bilhete”, disse.

Segundo Eremita, em vários momentos o próprio prefeito avaliou que houve falhas dos secretários. “Acho que se teve a denúncia de David Neto, com clareza e respeito, acredito em tudo o que ele falou, pois ninguém vem aqui inventar nada para falar, mas se tivesse a parceria, somos representantes do povo, o povo nos procura, já teríamos a resposta para a população”, afirmou.

A vereadora disse ter dificuldades em ter contato com os secretários. “Não tenho facilidade de resolver. Eu tenho dificuldade de resolver as coisas. Fiquei 15 dias esperando para o secretário de Habitação me receber, precisou o prefeito pedir. Eu não tenho a facilidade, não é facilidade de fazer coisa errada, mas para o secretário me atender, eu preciso que o prefeito ligue? E quando ele atendeu, fez de conta que vai ser feito desta maneira”, disse.

A vereadora avalia que paga-se um preço alto em ser da bancada governista. “Quando damos a palavra para dizer que somos governistas, ser governista é pagar um preço alto. Muitas vezes, não posso dizer nada, porque a própria população diz: ‘ué! Não está do lado do prefeito, porque está cacetando?’ Melhor dizer: sou fraca”, destacou.

A edil voltou a ressaltar que não é nada ilegal o pedido feito ao secretário de Habitação, Sandro Ricardo. “Não estou pedindo nada ilícito, só estou lhe perguntando se ela (a pessoa a qual Eremita levou ao secretário) tem direito, se tiver direito, dê uma chance, uma palavra de confiança, de esperança, porque o ser humano não pode se afastar. Para falar com o secretário precisa marcar com três meses e nós vereadores não temos a força de chegar e dizer: secretário, atenda ela”, pontuou.

Ascom

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