O concurso que seria realizado no ano passado pela Câmara Municipal de Feira de Santana foi tema de discurso do vereador David Neto (DEM), nesta terça-feira (27), na tribuna da Casa da Cidadania. O edil cobrou a devolução dos valores arrecadados com o pagamento das taxas de inscrição do Instituto Nacional de Educação e Tecnologia (Inet), empresa contratada, em 2014, através de licitação, para a organização e coordenação do referido processo seletivo.
“Constantemente estamos andando na rua e as pessoas vêm nos procurando e perguntando: ‘cadê o dinheiro do concurso?’. O concurso que seria realizado pela Câmara e as pessoas pagaram pela inscrição, mas o concurso foi anulado e o Ministério Público determinou que a empresa contratada devolvesse os valores”, disse.
Para David, o dinheiro precisa aparecer e ser devolvido a quem é de direito. “Esse dinheiro está por aí, tem que aparecer. Precisa ser colocado em uma conta para que as pessoas que fizeram suas devidas inscrições sejam ressarcidas. A informação que tive é que o dinheiro estaria na mão da empresa, mas, quando fui a Salvador, achei o escritório atrás de uma construção. Eu tive dificuldade de encontra-lo, como as pessoas encontrarão?”, indagou.
O vereador cobrou um posicionamento do MP. “Queremos atenção, que o Ministério Público engaje nessa luta. Não podemos deixar que as pessoas de boa fé, que pagaram suas obrigações, não sejam ressarcidas. Um candidato veio e afirmou que existia um prazo de devolução, mas não acredito, pois se o dinheiro foi da inscrição, ele deve ser disponibilizado em uma conta especifica, e não dessa empresa fraudulenta. Digo fraudulenta porque o MP até avaliou que ela não tinha condições de realizar o concurso”, ressaltou.
O edil disse acreditar que o presidente o Poder Legislativo feirense, Reinaldo Miranda – Ronny (PSDB), vai tomar as devidas providências. “Acredito que o nosso presidente vai atrás desse dinheiro, esse dinheiro tem que aparecer, tem que devolver por direito a cada pessoa que se inscreveu, cada pessoa de boa fé que fizeram as suas inscrições, porque ninguém tem o dinheiro roubado. Tem por direito, inclusive cada entrar com uma ação por danos morais, porque não foi ressarcido e pela venda de ilusão de um concurso que não aconteceu”, findou.
Ascom