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Câmara Municipal de Feira de Santana exclui mulheres da Comissão de Proteção à Mulher: Um retrocesso inaceitável

Osvaldo Cruz
3 Min Leitura

Na última quinta-feira, 23, a Câmara Municipal de Feira de Santana tomou uma decisão alarmante ao deixar de fora as mulheres da Comissão de Proteção à Mulher, uma das mais importantes para o atendimento das demandas femininas. Em um cenário que deveria promover a inclusão e a representação, a Casa da Cidadania se mostrou indiferente às necessidades do público feminino, destacando uma falha grave na formação das comissões.

Atualmente, a Câmara conta com três vereadoras: Lu de Ronny, do PV, e Eremita Mota, do PP, que estão no exercício de seus mandatos, além de uma vereadora licenciada, Gerusa Sampaio, do União Brasil. No entanto, apesar da presença dessas representantes, nenhuma delas foi indicada para integrar a Comissão de Reparação, Direitos Humanos, Defesa do Consumidor e Proteção à Mulher, que é composta por cinco vereadores.

Os membros dessa comissão, que deveria ser um espaço de voz e de ação a favor das mulheres, são:

– Presidente: Sílvio Dias (PT)

– Ivamberg Lima (PT)

– Jurandir Carvalho (PSDB)

– Jorge Oliveira (PRD)

– Flávio Arruda (União Brasil)

A ausência de mulheres nessa comissão é um retrocesso inaceitável que pode evidenciar a falta de compromisso da Câmara com a promoção da igualdade de gênero. Em um momento em que questões relacionadas à violência de gênero e aos direitos das mulheres estão em pauta, a exclusão de representantes femininas em um espaço dedicado à proteção dos direitos delas é não apenas um erro, mas um escárnio.

A Câmara Municipal comete um grave equívoco ao ignorar a importância da presença feminina em um ambiente que deve ser dedicado à defesa e proteção das mulheres. É fundamental que as autoridades locais reflitam sobre essa decisão e reavaliem suas práticas, garantindo que as vozes femininas sejam ouvidas e que suas necessidades sejam adequadamente representadas.

A sociedade não pode aceitar que a luta por direitos seja desconsiderada em um espaço que deveria ser um bastião de proteção e promoção da igualdade. É hora de exigir mudanças e garantir que as mulheres tenham o espaço que merecem nas esferas de decisão. A história não pode ser escrita sem a participação ativa de todas as suas protagonistas.

 

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