Embora não confirmado oficialmente, a saída do vereador Lulinha (União Brasil) da disputa pela primeira vice-presidência da Câmara Municipal de Feira de Santana levanta questionamentos sobre uma possível estratégia do novo governo municipal. O nome do vereador era amplamente cotado para o cargo, mas acabou ficando de fora da mesa diretora, o que despertou especulações sobre os reais motivos de sua exclusão.
Após a votação em que Lulinha se posicionou contra a eleição, alegando o não cumprimento de um suposto acordo, fica cada vez mais claro que sua saída pode ter sido parte de uma estratégia de governo. O prefeito José Ronaldo, por sua vez, precisaria de um nome de credibilidade para assumir a liderança do governo na Câmara, e Lulinha, um veterano que conhece bem as secretarias e as repartições do município, parecia se encaixar perfeitamente nesse perfil.
Contudo, a não eleição de Lulinha para a mesa pode ter sido uma jogada estratégica para que ele pudesse ocupar o cargo de líder do governo. Se tivesse sido eleito vice-presidente ou assumido qualquer outro cargo na mesa, Lulinha teria que renunciar a esses postos para assumir a liderança, o que daria a ele uma moeda de barganha para negociar vantagens, algo que raramente acontece sem benefícios diretos.
Ao ficar de fora da mesa, a tarefa de convencê-lo a aceitar a função de líder do governo se torna mais simples, já que ele não estaria atrelado a um cargo recém-eleito. Esta movimentação pode ser vista como uma maneira inteligente de garantir a liderança do governo na Câmara sem as complicações de uma possível negociação por um cargo.
O questionamento que paira no ar é se a exclusão de Lulinha da mesa foi uma estratégia bem planejada pelo governo ou se foi uma decisão tomada pelos próprios colegas vereadores. De qualquer forma, os fatos sugerem que o movimento de deixar o vereador de fora da mesa foi uma jogada calculada para fortalecer a posição do governo na Câmara Municipal.
Foto ( Marcos Lima, Lulinha e o radialista Osvaldo Cruz)