Publicidade
Publicidade

José Ronaldo pode herdar “maldição” dos atrasos salariais dos terceirizados em Feira de Santana

Osvaldo Cruz
4 Min Leitura

A turma de José Ronaldo (União Brasil) para o quinto mandato como prefeito de Feira de Santana, previsto para janeiro, já aponta um cenário turbulento. Ele enfrentará um dos maiores desafios deixados pela administração de Colbert Martins (MDB): uma crise no pagamento de atraso e benefícios dos trabalhadores terceirizados.

A Prefeitura vive uma situação caótica com empresas terceirizadas que falharam em honrar seus compromissos, gerando um clima de insatisfação entre os funcionários, principalmente com o Natal às portas. A herança de dívidas trabalhistas e atrasos ameaça desestabilizar o início da nova gestão e perpetuar a “maldição” que assombra as administrações municipais recentes.

Empresas inadimplentes e trabalhadores sem respostas

A empresa Clarear, com sede no Rio Grande do Norte, encerrou  seu contrato com o município, mas deixou os funcionários à mercê da própria sorte. A rescisão contratual, que deveria ter sido paga em até 10 dias após a suspensão do vínculo, permanece pendente. Pior: a empresa não atende as ligações ou fornece qualquer justificativas.

Já a Desenvolvida quitou apenas a primeira parcela do décimo terceiro, mas não pagou os vencimentos de novembro, enquanto a Fundação ADM segue com salários de novembro atrasados. A IMAPs, após ser denunciada ao Ministério do Trabalho, efetuou o pagamento do salário de novembro, mas não cumpriu com a primeira parcela do décimo terceiro.

Outras empresas como IGM, ASM, Confiança, CSC e S3 também acumulam atrasos salariais e pagamento de vales-transporte e tíquetes-alimentação. O cenário é agravado pela falta de revisões contratuais e pela ausência de qualquer planejamento concreto para resolver os impasses ( sem previsão).

Crise sem solução à vista

O desespero dos funcionários terceirizados cresce com a possibilidade de não receberem seus pagamentos e benefícios antes do fim do ano. A negligência dessas empresas ameaça transferir o ônus para a próxima gestão, deixando José Ronaldo em uma posição de fragilidade logo no início do mandato.

A crise financeira e administrativa que cerca os contratos terceirizados revela um problema estrutural: a ausência de fiscalização rigorosa e de uma política eficiente de gestão contratual por parte da Prefeitura. Colbert Martins deixa um legado de desordem, e José Ronaldo herda o peso das consequências.

O desafio do novo prefeito

Para José Ronaldo, o desafio não será apenas resgatar a confiança dos trabalhadores e estabilizar os pagamentos atrasados, mas também implementar medidas que evitem a repetição deste cenário na sua administração. Sem uma resposta imediata e firme, o risco de insatisfação e protestos cresce, comprometendo a governabilidade.

O que se deseja, portanto, é um cenário em que uma “maldição” dos atrasos salariais dos terceirizados poderá acompanhar José Ronaldo por todo o seu mandato, manchando uma trajetória política marcada por gestões anteriores “bem-sucedidas”. Zé Ronaldo será capaz de romper esse ciclo vicioso e devolver a estabilidade à administração pública de Feira de Santana? A resposta, até agora, parece incerta.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Compartilhe este artigo