Durante o período eleitoral em Feira de Santana, a opinião sobre a política de fechamento promovida nos governos de Zé Ronaldo e Colbert Martins foi destaque nas falas dos ex-governadores, Jaques Wagner, Rui Costa e do atual governador Jerônimo Rodrigues (PT). Segundo eles, os gestos em Feira de Santana mantinham a cidade numa espécie de “bolha”, sem abertura para a atuação dos governos estaduais e federais.
Passadas as eleições, Zé Ronaldo voltou a vencer o pleito de 2024 e, durante entrevista no programa Fora do Plenário na rádio Salvador FM, na capital baiana, na segunda-feira (28), ele atacou o governador, dando a entender que pretende manter uma cidade de portas fechadas para o Estado.
Ronaldo acusou Jerônimo Rodrigues de fazer mais política do que governar. A pergunta era sobre a possível polarização de candidatos na Bahia, mas Ronaldo preferiu dar sua opinião sobre a atuação do governador e relatos de fatos que ocorreram no período eleitoral de Camaçari, defendendo a intervenção do candidato derrotado ao governo da Bahia em 2022, ACM Neto. Em sua fala, ficou claro que a derrota de Flávio Matos (UB) em Camaçari ainda não foi aceita, e que vão tentar “desengasgar” batendo no governador.
O tom dos discursos indica que será elevado, e o alvo principal desses ataques será Jerônimo Rodrigues. Ronaldo, que teve uma vitória apertada (magrinha) e viu a cidade rejeitar seu “reino” ameaçado, precisa correr contra o tempo para não amargar um vexame nas próximas eleições de 2026. Dessa forma, o que o povo de Feira de Santana verá, daqui em diante, são discursos dessa natureza.