A recente saudação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da primeira-dama, Janja, durante um comício na cidade de Camaçari, na noite desta quinta-feira (17), tem gerado repercussão em redes sociais. O gesto com as mãos, semelhante ao popular “chifrinho”, levantou críticas, especialmente em um contexto marcado pela violência juvenil no estado da Bahia.
A preocupação de alguns críticos se deve ao fato de que muitos jovens têm sido vítimas de facções criminosas por exibirem sinais com as mãos em fotos, gestos que, em alguns casos, podem ser interpretados como símbolos de gangues ou ameaças. Em meio a esse cenário tenso, a saudação feita por Lula e Janja, que envolveu esse gesto em particular, reacendeu a discussão sobre a responsabilidade pública em eventos de massa.
Mas o que realmente significa o sinal feito pelo presidente e pela primeira-dama?
De acordo com o site “Caia no Mundo“, o gesto com os dedos indicador e mínimo levantados pode ter diferentes interpretações culturais. No Brasil e na Itália, ele costuma ser associado ao “chifrinho”, um símbolo que pode referir-se a uma traição ou ao diabo, mas também é muito popular no universo do rock’n roll. Já em outros países, o mesmo gesto pode ter conotações variadas, como insultos sexuais ou até mesmo simbolizar proteção contra maldições. Na Venezuela, por exemplo, o sinal é visto como um símbolo de sorte, enquanto no estado do Texas, nos Estados Unidos, é amplamente utilizado para demonstrar apoio a um time de futebol americano.
Essa multiplicidade de significados tem alimentado a controvérsia. Enquanto para alguns, o gesto de Lula e Janja pode ter sido uma simples manifestação descontraída, para outros, ele ressoa de maneira mais séria, especialmente em uma região onde a violência entre facções tem ceifado vidas de muitos jovens.
O debate sobre o papel dos símbolos e gestos em eventos públicos segue em alta, ressaltando a importância de uma maior atenção às mensagens não-verbais, especialmente em um contexto social tão delicado como o atual.
