No último domingo, dia 6, durante as eleições municipais em Feira de Santana, um episódio polêmico chamou a atenção nas redes sociais, especialmente em grupos de WhatsApp. Um vídeo gravado na Escola Edite Machado Boaventura, localizada no bairro Pampalona, mostra duas mulheres em uma situação que levantou suspeitas de compra de votos, uma prática ilegal que teria se espalhado por toda a cidade.
Nas imagens, uma mulher aparece entregando uma cédula de R$ 50,00 para outra, dentro da escola, logo após o fim da votação. A pessoa que recebe o dinheiro demonstra surpresa, enquanto a outra tenta justificar que estava apenas pagando uma dívida. A mulher que recebe o valor afirma que já havia votado e que não queria que a cena fosse mal interpretada, levantando a questão: trata-se de um simples mal-entendido ou de uma manobra para angariar votos?
A suspeita de compra de votos não se restringiu apenas a este incidente. Relatos indicam que, em várias outras seções eleitorais, houve a prática conhecida como “boca de urna”, onde eleitores eram assediados por pessoas contratadas por determinados candidatos nas proximidades dos locais de votação. Essas ações, que já são velhas conhecidas em períodos eleitorais, colocam em xeque a lisura do pleito.
O que também chama atenção é que as ações foram supostamente coordenadas por apoiadores de José Ronaldo, candidato do partido 44. Seria esta uma estratégia do seu grupo para assegurar votos de última hora? Embora as evidências levantem suspeitas, é importante destacar que, até o momento, não há comprovação oficial de que o ocorrido tenha sido realmente uma compra de votos. Pode ter sido um mal-entendido ou coincidência.
A situação, no entanto, reforça a importância de se combater práticas irregulares durante as eleições. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) está de olho nesses casos e promete investigar todas as denúncias que surgirem. Para a população, fica a dúvida: estaria a democracia sendo manchada por tais ações ou estamos diante de um fato isolado e mal interpretado?
Confira abaixo os vídeos que circularam nas redes sociais e originaram comentários e matérias na imprensa local.