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UPA do Cleriston: Dezenas de pessoas agonizam na porta da unidade a espera de atendimento médico

Osvaldo Cruz
3 Min Leitura

Diante do descaso do município com o atendimento de urgência e emergência, a população desassistida se aglomera na porta da UPA do Estado na esperança de ser atendida. A unidade também não atendeu neste sábado (13) pacientes em estágio clínico geral, o que também é um verdadeiro absurdo. As unidades de saúde mantidas pela Prefeitura  não oferecem nenhuma estrutura de atendimento.

A resposta tem sido sempre a mesma: está lotada. Pacientes provenientes de vários bairros da cidade se amontoam entre homens, mulheres, crianças e idosos na sala de espera enquanto sofrem de dor. Os pacientes que são classificados conforme a triagem de cor verde só entram na unidade após ter seu quadro clínico agravado. Neste sábado não atendeu nos dois períodos da tarde e noite nenhum paciente na clínica geral. Desde cedo, a unidade só atendia pediatria e ortopedia. Um total desrespeito ao cidadão.

Para piorar, a todo momento chegam pacientes graves, com traumas e ferimentos aparentes, o que não pode esperar. Outros, como é o caso de uma jovem mulher de 30 anos, chegou na unidade às 13:00h com fortes dores no abdômen, “suspeita de apendicite”. Após ter dois ataques de dor que a levaram ao chão, ela aguardou atendimento até às 19:30h e não foi atendida, voltando para casa esperando por um milagre.

Enquanto o prefeito do município não cumpre a promessa de campanha, que seria a construção de um hospital geral municipal tão esperado pela sociedade, o Estado vai oferecendo o mínimo à população e segue na mesma linha. É verdade que o governo estadual mantém dois hospitais de grande porte, o Hospital Geral Clériston Andrade e o Hospital Estadual da Criança, além da UPA. Porém, a demanda de atendimento urgência e emergência tem sido sempre maior que a oferta, o que tem mantido a unidade de saúde sempre abarrotada de pacientes.

As autoridades da cidade parecem não tomar conhecimento do sofrimento da população; antes preferem ficar na disputa política pelo poder como se de fato não se importassem com o povo que sofre, agoniza e muitos não sobrevivem após dias de espera por atendimento.

A questão da saúde de Feira de Santana já não é mais uma questão política; deve ser tratada como prioridade, e as autoridades devem deixar de lado as diferenças partidárias para juntos encontrarem uma solução. Fechem a UPA do Clériston ou ofereçam atendimento digno à população. Chega de mortes por descaso.

 

 

 

 

 

 

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