O vereador Silvio Dias (PT) voltou a criticar o cenário de descaso na área da saúde e a desvalorização dos servidores públicos por parte do governo municipal, durante Audiência Pública, realizada nesta quarta-feira (20), na Câmara Municipal de Feira de Santana para discutir as Condições de Trabalho dos Agentes de Saúde.
“Esta audiência pública serve para chamar a atenção de toda a sociedade para a situação da saúde pública do município. Falta por parte do governo municipal uma vontade política de cuidar da saúde. Esse é o pior setor que temos em nossa cidade. Se tem algo que esperávamos que funcionasse minimamente bem é a área da saúde, mas a realidade é diferente”, criticou.
Silvio Dias pontuou a importância dos agentes, tanto para a garantia da saúde da população como para a economia de gastos públicos com tratamentos e serviços de alta complexidade. “Quando a gente trata especificamente das categorias dos Agentes de Combate a Endemias e Agentes Comunitários de Saúde estamos tratando do principal elo entre a saúde de qualidade e a população. São esses profissionais que vão de casa em casa, detectando problemas, como fazem os Agentes de Combate a Endemias, identificando quando as pessoas estão com algum problema de saúde, como cabe aos agentes de saúde”, iniciou.
“Mas, infelizmente, não são reconhecidos como deveriam pelo poder público municipal. o prefeito não tem a atenção devida com as categorias. Há poucos dias, ouvi no rádio o prefeito Colbert Filho afirmando que só poderia pagar o piso salarial. Quando o prefeito nega o reajuste de 4% a mais sobre o salário base, ele está negando R$ 40, aproximadamente, para cada profissional. Como temos cerca de 1 mil a 1.500 servidores, daria o montante de R$ 60 mil por mês, R$ 700 mil por ano, O que é esse valor pra uma cidade como Feira de Santana? Valor, inclusive que seria revertido para a economia de gastos com a atenção primária, com o atendimento de alta complexidade. Só não enxerga quem não quer”, completou Dias.
O vereador acrescentou que “se um agente comunitário vai em uma casa, faz a aferição de pressão e detecta que aquele cidadão está com a pressão alta, ele encaminha o paciente para o médico. Chegando ao posto de saúde, se esse paciente obtivesse o atendimento adequado, se tivesse acesso ao médico, com certeza essa pessoa não evoluiria para um quadro de AVC, não iria ocupar um leito hospitalar por três, quatro semanas”.
Ascom/edil