Durante a entrega do Troféu Arnold Ferreira Silva da Câmara Municipal de Feira de Santana, na ultima quinta-feira (14), o diretor presidente do Jornal Folha do Estado, Jornalista Humberto Cedraz fez um duro discurso que atingiu como uma flecha afiada o peito das velhas lideranças politicas da cidade. Humberto falou aos mais de cinquenta radialistas e jornalistas presentes na Sessão Solene. O discurso pareceu certeiro no coração daqueles que governaram e governam a cidade.
“No ano que vem temos bons políticos que irão disputar eleição, nós temos um rosário de candidatos para livre escolha e devemos sacramentar essa escolha, para que Feira de Santana venha ser uma cidade bem melhor do que é. Que novas mentes ou mentes velhas que se renovem possam entender que se não se renovarem, não adianta só a experiência. Tenho dito todos os dias, que nenhum de nós é capaz de nos superarmos cotidianamente e aqueles que perduram, só perdurarão se entenderem que eles podem continuar ativos e criativos, mas com a experiência daqueles que lhes cercam. Aqueles que pensam em continuar com a mesma ideologia sem a renovação dela, sem novas pessoas que entendam a linguagem das ruas, que saibam ouvir mais do que falar, não irão perdurar. Esses que ainda pensam que tudo podem, que é a voz da razão e que não precisam arriscar com os novos porque já tem história, há de se respeitar quem tem essa história, mas outros também tem que fazer história, até para vermos se a história daqueles que fizeram parte dela foi tão importante que não mereçam ser substituídos. Temos que ousar buscarmos a juventude para participar da vida pública e a gente devemos abrir espaço.”
Em um ambiente carregado de expectativas, diante de olhares atentos e corações inquietos, Cedraz prosseguiu, delineando com firmeza sua visão sobre o cenário político local.
“Feira de Santana é uma cidade árida, muito árida sobre o ponto de vista politico, porque os governantes daqui nunca se interessaram em criar seus substitutos, parece até que queriam se eternizar e se manter no poder como ser eterno para a vida inteira. Nós temos que dar oportunidades para os jovens, embora estejamos na fase ainda de produção.”
Enquanto o silêncio pairava no plenário, suas palavras ecoavam como um chamado à reflexão, instigando uma atmosfera de questionamento sobre a atual dinâmica política de Feira de Santana. Sem hesitar, Cedraz prosseguiu, ampliando sua convicção sobre a necessidade de renovação na liderança politica.
“Não se esqueçam, tenho dito que em Feira de Santana não temos líderes de primeira, digo isso de forma clara, porque os líderes de primeira, se assessoram com outros de primeira. Já os líderes de segunda se assessoram com outros de terceira, pois tem medo até dos de segunda. Se a gente não der oportunidade para que os jovens venham assumir essa lacuna de entender que não é absoluto, de saber que é ouvindo que se aprende, nós iremos pecar também por aqueles que sempre nos dirigiram e dirigem até hoje. Vamos avançar e fazer dessa cidade, uma cidade de cultura, esporte, entretenimento, trabalho, saúde e educação, para que a gente se orgulhe da nossa Princesa.”
É inegável o peso do desafio lançado às lideranças estabelecidas. O discurso duro de Humberto Cedraz ressoou como um alerta, um chamado à ação e à abertura para uma nova era política em Feira de Santana. Um recado direto às velhas estruturas: a renovação é imprescindível, e o futuro da cidade depende da coragem de romper com os padrões estagnados. Seu discurso não foi apenas uma convocação à mudança, mas um puxão de orelha vigoroso às lideranças enraizadas no passado, clamando por um horizonte político mais inclusivo e dinâmico para a Princesa do Sertão.