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Carreiras Cruzadas: A trajetória política de dois nomes em Feira de Santana

Osvaldo Cruz
4 Min Leitura

Os bastidores da política oferecem um farto cardápio para aqueles degustadores e amantes de uma boa e saudável resenha. Em Feira de Santana, podemos destacar muitos, mas vamos tomar essa intrigante história entre dois personagens políticos: o deputado estadual Pablo Roberto e o ex-deputado estadual Carlos Geilson.

Ambos pertencem ao mesmo fatídico grupo político, mas inverteram as posições. Nas eleições de 2016, Pablo Roberto, que disputava a reeleição de vereador, ficou na primeira suplência, obtendo 4.131 votos pelo PHS. O titular na Câmara pelo PHS era Ronny Miranda (presidente da Câmara), que obteve 8.213 votos. Carlos Geilson era deputado estadual eleito em 2014, com 47.401 votos pelo PTN.

Em 31 de março de 2017, Pablo Roberto assumiu o comando da SEPREV no governo do prefeito José Ronaldo (União Brasil). Na época, havia informações de que o suplente de vereador teria sido indicação do deputado para ocupar a pasta. No entanto, o jogo começou a mudar para Pablo; ele deixou a SEPREV e, em 14 de agosto de 2017, assumiu o mandato como titular após a morte do vereador Ronny.

A partir daí, Pablo retornou ao executivo com uma carreira solo, sem indicador. Como titular na Câmara, ele negociou o retorno à SEPREV sem intermédio do deputado estadual. Em seu lugar na Câmara, assumiu Robeci da Vassoura, que depois perdeu a vaga para o Sargento Josafá Ramos. Depois, Pablo decidiu não mais disputar eleições para vereador e indicou seu fiel escudeiro, Pedro Américo, que foi eleito em 2020 com uma expressiva votação de 5.823 votos pelo partido União Brasil.

Pablo decidiu ir mais longe e disputou as eleições de 2022 para deputado estadual em enfrentamento com Carlos Geilson, que também disputava uma vaga para a Assembleia Legislativa. No confronto nas urnas, Pablo, que havia passado por mais duas secretarias (SEDESO e Agricultura), levou a melhor e venceu Carlos Geilson. Pablo chegou à ALBA eleito com 55.585 votos; só em Feira de Santana, obteve a expressiva votação de 42.635 votos. Parece que Pablo foi o herdeiro dos votos de Dr. Targino Marchado, que era até então o mais votado da história da cidade, com 42.269 votos.

Já Carlos Geilson não obteve sucesso, teve em Feira de Santana apenas 15.912 votos, e uma votação geral de 24.019 votos. Observação: Geilson perdeu de uma eleição para outra mais de 50% dos votos em Feira. Na eleição de 2018, Carlos obteve 31.337 votos, e em 2022, apenas 15.912, computando uma perda de 15.325 votos. CG ficou na segunda suplência no Solidariedade nas eleições de 2022; ele obteve apenas 24.019 votos.

Com a mudança, Pablo segue levando a melhor e ocupa uma cadeira na Assembleia como deputado estadual, função antes ocupada por Carlos Geilson. Enquanto isso, Geilson ocupa a cadeira de uma secretaria municipal, função que antes era ocupada por Pablo.

Os dois ensaiam uma candidatura para prefeito de Feira de Santana, e mais uma vez, Pablo leva vantagem; já tem partido definido e até já lançou de forma oficial sua pré-candidatura, enquanto Geilson está apenas no ensaio.

Pelo visto, Pablo soube até aqui aproveitar mais as oportunidades e as potencializou para sua ascensão política. Sua habilidade em capitalizar momentos estratégicos, aliada à capacidade de ocupar diferentes cargos no legislativo e no executivo municipal, sugere uma compreensão profunda dos meandros políticos locais. A vitória nas eleições de 2022, especialmente com uma votação expressiva, reforça a ideia de que ele conquistou uma base sólida de apoio.

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