Enquanto os feirenses têm sofrido com falta de água na sede e zona rural do Município, a Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa) mantém sem operação um novo sistema de abastecimento, instalado no distrito Governador João Durval Carneiro (antigo Ipuaçu) e cuja captação é feita na adutora do Rio Cavaco. A informação é do vereador Jurandy Carvalho (PL). Em pronunciamento na Câmara, ele questionou a direção da empresa estatal sobre a falta de iniciativa para resolver a situação: “É novíssimo e está à disposição, mas não utiliza para amenizar a dificuldade do povo”.
Com residência naquele distrito, o vereador sugeriu à Prefeitura fazer uma intervenção na gestão regional da empresa, “pois não se sabe o que o presidente (da Embasa) está fazendo para solucionar o problema”. Inaugurada há sete anos, durante a gestão do governador Rui Costa (PT), a ampliação da rede de abastecimento tem grande capacidade de distribuição de água, segundo Jurandy. Se fosse utilizado, acredita ele, estaria resolvido o problema de escassez em comunidades rurais como Santa Rosa, Pedra da Canoa, Formosa e outras, onde até as reservas já foram esgotadas pela comunidade.
Do ponto de vista de disponibilidade de água, ele lembra, “o distrito é rico”, já que aproximadamente 40km do Lago de Pedra do Cavalo ficam em território do antigo Ipuaçu. “Então, a gente fica sem saber o porquê de estar sem água”. A ideia de intervenção na gestão da companhia, pela Prefeitura, foi reforçada pelo vereador Marcos Lima (UB). “Não duvidem que pode ocorrer. O prefeito Colbert Martins Filho já fez intervenção no Shopping Popular e no transporte coletivo”. O Governo pode vir a adotar a mesma medida contra a Embasa, “diante deste caos que o município está vivendo em razão da falta de água”, .
A condução da Embasa em relação à constante falta de água também foi criticada pelo vereador Edvaldo Lima (MDB), para quem a empresa “abandonou a população de Feira”. Segundo ele, a maioria das reclamações se concentra justamente onde a concessionária recebe o pagamento para prestar o serviço, mas acaba não correspondendo com a obrigação, embora a fatura continue chegando às residências. “E ainda cobra da Prefeitura a colocação de carro pipa”, diz, indignado. No Tomba, bairro onde mora há 44 anos, “nunca houve tanta falta de água”. Enquanto isso, “ninguém do governo estadual aparece para dar explicação sobre o que está acontecendo”, criticou o vereador.
Com informações da Ascom