A Câmara Municipal de Feira de Santana celebrou, na noite desta quinta-feira (28), 73º aniversário de fundação da Rádio Cultura. A estação foi a segunda a se estabelecer no município, em 28 de setembro de 1950, e até hoje faz parte do dia a dia de centenas de feirenses. Em sua programação atual, os conteúdos gospel, jornalístico e de entretenimento, transmitidos para Feira e Região Metropolitana, comprovam o “trabalho de excelência” exercido pela Rádio Cultura, elogia o vereador Petrônio Lima (Republicanos), parlamentar responsável pela realização do evento.
Ao contar a história da emissora, o diretor Pastor Ronaldo Klento de Jesus mencionou duas grandes adversidades enfrentadas pela Rádio Cultura. A primeira delas ocorreu no processo para instituir-se em Feira de Santana. Na época, o cenário político não era favorável e a Rádio Sociedade dominava o mercado sem a presença de estações concorrentes. Foi quando o então deputado federal Eduardo Fróes da Motta tomou a frente deste processo e levou o projeto da rádio para autoridades federais. A proposta, elaborada por Almachio Boaventura – prefeito do município entre 1951 e 1955 – foi apresentada ao então presidente Dutra que, por sua vez, aprovou e viabilizou a criação da estação.
A segunda foi em março de 1975, quando, após uma entrevista do então deputado federal Francisco Pinto ao radialista Lucílio Bastos, a emissora foi fechada. Conforme conta o Pastor Ronaldo Klento, o parlamentar se manifestou contra o presidente do Chile, General Augusto Pinochet, e, por esta razão, foi processado com base na Lei de Segurança Nacional. O deputado passou seis meses preso em Brasília e a sua entrevista na rádio feirense foi usada como peça do processo contra ele.
A emissora foi reaberta dez anos depois, em 26 de julho de 1985, mesmo dia dedicado à padroeira da cidade, Nossa Senhora de Santana. Em 27 de setembro de 1994, a Rádio Cultura foi vendida para a Igreja Universal do Reino de Deus, integrando o grupo de rádio e televisão Rede Record. Em 2019, migrou da faixa 700 kHz, em Amplitude Modulada (AM), para o espectro 107,1, em Frequência Modulada (FM).
Ao longo dos seus 73 anos, a Rádio Cultura construiu uma forte reputação no campo da comunicação, opina o secretário Municipal de Serviços Públicos, Eli Ribeiro. Em sua trajetória, precisou adequar-se às intensas transformações tecnológicas e, “ao contrário do que muitos pensavam, ganhou ainda mais força após o advento da internet”. Pastor e apresentador de programa veiculado nesta emissora, Eli Ribeiro observa que as ferramentas digitais permitem a transmissão de sua programação para todo o mundo, além de facilitar a comunicação entre os ouvintes e os profissionais da emissora. Como membro da Gestão Municipal, ele acrescenta que, caso as demandas apresentadas pelos cidadãos não sejam atendidas pelas autoridades competentes, eles “logo ameaçam denunciar na rádio”.
O “poder” intrínseco a este veículo, é capaz de inspirar milhares de pessoas. O vereador Pastor Valdemir (PV) afirma que se tornou ouvinte da Rádio Cultura desde que ganhou o seu primeiro aparelho de rádio. Encantado com a emissora, foi nela onde teve a sua primeira experiência de conduzir um programa de rádio. Hoje, é profissional da área e apresenta seu próprio conteúdo em outra emissora.
Também locutor de programa na Rádio Cultura, o deputado estadual José de Arimateia destaca o papel fundamental desta estação em “manter a população informada, conectar pessoas e disseminar a palavra de Deus”. Com longa trajetória na emissora, ele externa o desejo de que esta “continue a prosperar e cumprir a sua missão de ser um farol de luz, trazendo alegria e reflexão a todos nós”.
A solenidade foi conduzida pelo vereador Pastor Valdemir, que compôs a Mesa de Honra ao lado do deputado estadual José de Arimateia; dos vereadores Petrônio Lima e Silvio Dias; Pastor Ronaldo Klento e do delegado Mauro Moraes.
Ascom