A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (9/5) a convocação do ministro da Justiça, Flávio Dino. Por se tratar de convocação, e não de convite, ele deverá comparecer ao colegiado para esclarecer sobre a declaração que deu sobre Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs) em 28 de março. Na ocasião, Dino acusou parte dos chamados CACs de contribuírem com o crime organizado ao venderem armas de fogo para facções.
O ministro defendeu o recadastramento de armas, determinado pela pasta por meio de decreto em fevereiro, como forma de “combater o poder das facções”.
“Existem armamentistas sérios no Brasil, creio que a imensa maioria, mas Jesus Cristo recrutou todos e um se vendeu, Judas. A essa altura, nenhum dos propagadores do armamentismo vai dizer que todos que têm registro de CAC têm asas e são anjos. Um ou outro escapa. O que essas figuras do mal têm feito? Em vez de darem o tiro esportivo ou fazerem coleção, estão vendendo arma para o PCC e para o Comando Vermelho. Isso existe. Nós vamos fechar as portas para cometimento de crime, é esse o decreto que nós adotamos”, disse.
Segundo Dino, o recadastramento das armas no sistema da Polícia Federal irá “separar o joio do trigo”:
“Ou seja, aqueles que diziam que nós queríamos fazer o recadastramento para confiscar armas, nós estamos contribuindo para que pessoas que estavam na ilegalidade venham para a lei. Isso faz com que nós provemos que o recadastramento é bom”, afirmou.
Uma das medidas do governo Lula, logo nos primeiros dias, foi a criação de um recadastro das armas de fogo adquiridas desde 2019 em um banco de dados único na PF – o Sistema Nacional de Armas (Sinarm). O prazo para esse recadastro acabou na última quarta-feira (3/ 5).
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Fonte Metrópoles