Poderia passar despercebido o chamamento para uma cultura no mínimo constrangedor na sociedade, principalmente porque atinge a população e lesando muitos intelectuais no nosso país, com um termo carregado de preconceito e excludente que fere o conceito da familia cristã e o ser na totalidade. Mas, não na Câmara Municipal de Feira de Santana, pois, o vereador Edvaldo Lima (MDB) tem se comportado como um verdadeiro defensor da família e dos bons costumes no plenário da Casa Legislativa e não deixa passar nada que seja agressivo aos princcípios cristãos.
Durante a sessão de quinta-feira (23) a funcionária da Prefeitura lotada na Secretaria de Saúde e também professora da UEFS-Universidade Estadual de Feira de Santana, Dra. Maria Ioná Guimarães, usava a tribuna livre para falar do Dia Nacional do Combate ao Tuberculose, e, logo na saudação, foi interrompida e chamada a atenção pelo vereador Edvaldo Lima, pelo uso do termo “todes”, no qual o edil pediu para que ela justificasse a colocação da palavra na sua apresentação.
“Bom dia a todos, todas e todes!”, disse Dra. Ioná, como se não soubesse que o simples uso da palavra todos já contempla os seres. A professora tentou explicar no plenário da Câmara o sentido da palavra ‘todes’ mas, sem encontrar base legal e também não tendo encontrado sustentabilidade gramatical para o termo, obteve a repulsa do vereador Edvaldo Lima, que preferiu dexar o plenário enquanto a professora fazia sua explanação.
Ao que parece, o edil encontrou um certo carregar de preconceito na palavra todes, que segundo a professora, o termo “é usado por aqueles que não sente macho ou fêmea”. Edvaldo, deixou entender, que: por não existir na gramática e não ter base legal em Lei para ser aplicada no seio da sociedade, a palavra em si, discrimina e exclui os homens e as mulheres, seres universalmente reconhecidos que qualifica os humanos.