Posicionar-se politicamente ou não? Eis a questão. A menos de três meses para o primeiro turno da eleição presidencial, artistas que até então optavam por manterem-se neutros na disputa entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) decidiram que basta de isenção. Está na hora levantar bandeiras -ainda que seja meio a contragosto, como no caso de Carlinhos Brown.
Brown usou suas redes para confirmar voto em Lula depois de protagonizar um vídeo no qual interrompe o ‘Fora, Bolsonaro’ puxado em coro pela plateia.
“Desculpe, sou o Brasil que deu certo, eu não me meto nisso”, disse. Fãs e seguidores o apontaram como “uma variante do bolsonarismo”, criticando sua atitude, e Carlinhos então se explicou: “Para quem ainda tem dúvidas. Respeito os meus, quero @Lulaoficial”, escreveu, no sábado (9), marcando o perfil do ex-presidente.
As reações dos artistas às manifestações da plateia muitas vezes falam por si ou são o “gancho” ideal para que eles enfim se posicionem. Em maio, no Rio, Marisa Monte, até então um poço de mistério sobre sua opção política, também ouviu o público gritar ‘Fora, Bolsonaro’. E ela: “Eu tô totalmente com vocês! ‘Tamo junto!’, disse a cantora, que também exaltou a democracia e a urna eletrônica, motivo de questionamento (sem provas) do presidente sobre a lisura do resultado da votação de outubro.
Do lado ideologicamente oposto (entre os leais apoiadores do atual mandatário) estão o ator Thiago Gagliasso -sempre disposto a defender o bolsonarismo em suas redes-, o apresentador Ratinho e o cantor Latino. Este último e Bolsonaro, aliás, almoçaram juntos no final de maio, em uma churrascaria de Brasília, e as fotos foram orgulhosamente divulgadas pelo cantor de “Festa no apê”.
Ele disse à Folha de S.Paulo que “se empolgou” com o “carisma inenarrável” do presidente, a quem apoiou publicamente em outras ocasiões. “Ele é o que temos de melhor. Atura ou surta”, provocou. O candidato à reeleição também continua em alta com a ala sertaneja dos cantores brasileiros, incluindo neste balaio músicos de várias gerações, como Zé Neto, Zezé Di Camargo, Amado Batista, Chrystian, que formava dupla com o irmão, Ralf, o cantor Sérgio Reis e as duplas Bruno e Marrone, Mateus e Cristiano.
E a turma dos que não querem nem ouvir falar em nenhum deles é encabeçada por Luana Piovani. “O brasileiro devia ser estudado. (…) Em 2018 pôs como salvador da pátria o atual presidente. Votei na Marina Silva. Agora estão pondo como salvador aquele que foi condenado! Não voto em nenhum dos dois”, declarou a atriz recentemente à revista “Veja”.
Fonte Notícias ao Minuto