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PTB vai ao Supremo contra passaporte da vacina em seis Estados e no Rio

Osvaldo Cruz
3 Min Leitura

O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) – legenda aliada do presidente Jair Bolsonaro e comandada por Roberto Jefferson até sua prisão, em agosto – entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando leis, decretos e portarias estaduais e municipais que tornaram obrigatória a apresentação de comprovante de imunização contra a covid-19, o passaporte da vacina, para entrada e permanência em estabelecimentos públicos e privados. A legenda quer ainda impedir a edição de novas normas de mesmo teor.

Na ação, o PTB questiona dispositivos da Paraíba, do Rio Grande do Sul, do Pará, do Espírito Santo, do Amazonas, da Bahia e da cidade do Rio de Janeiro. O partido sustenta que as normas violam direitos relativos à liberdade de locomoção e ao trabalho previstos na Constituição Federal. Para a legenda, os textos questionados foram editados sem “evidências científicas que permitam justificar medidas autoritárias e desproporcionais”. O caso foi distribuído para relatoria do ministro Dias Toffoli.

Alinhadas com o discurso de Bolsonaro e seus apoiadores, as alegações e o pedido do PTB vão na contramão da recomendação de cientistas e das medidas adotadas por países em todo mundo. A exigência de imunização é defendida por especialistas como forma de frear a circulação do vírus.

Na Europa, a medida é vista como uma forma de combate à quarta onda da covid-19. O comprovante de vacina não é só necessário para viagens, mas também é exigido para acesso a bares, hotéis, restaurantes na maioria dos países. O próprio presidente teve de almoçar na área externa de um restaurante em Nova York (EUA), em setembro, por não estar imunizado contra a covid-19.

Além disso, os argumentos do partido de Roberto Jefferson vão de encontro à decisão do Supremo Tribunal Federal que decidiu a favor da vacinação obrigatória contra o novo coronavírus. Em dezembro do ano passado, o Tribunal entendeu que Estados e municípios podem decidir sobre a obrigatoriedade da imunização e até mesmo impor restrições para quem se recusar a ser vacinado.

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