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Milhares saem às ruas do país em novos protestos pelo impeachment de Bolsonaro

Osvaldo Cruz
4 Min Leitura

Milhares de manifestantes se reúnem na manhã deste sábado (19) em diferentes cidades do país em protestos contra o presidente Jair Bolsonaro. Entre os maiores atos, estão os de Brasília, com manifestantes na Esplanada dos Ministérios, e no Rio de Janeiro. Em São Paulo, o protesto está marcado para as 16h, na avenida Paulista.

As manifestações ocorrem no momento em que o país se aproxima de 500 mil mortos pela Covid e menos de um mês após os atos de 29 de maio, que atraíram milhares de pessoas. Os protestos nacionais são pelo impeachment do presidente, por mais vacinas contra a Covid-19 e por auxílio emergencial.

As manifestações são convocadas e apoiadas por movimentos sociais, partidos políticos, centrais sindicais, entidades estudantis, torcidas organizadas e grupos envolvidos em causas como feminismo e antirracismo. A organização está centralizada no fórum Campanha Nacional Fora, Bolsonaro.

A expectativa deles era de um volume maior de participantes desta vez. A quantidade de organizações que endossam a realização dos protestos e o número de cidades com atividades programadas cresceram em relação ao final de maio.

Em Brasília e no Rio, manifestantes incluíram na pauta dos atos protesto contra a privatização da Eletrobras, que deve ser aprovada na Câmara no início da próxima semana.

Na capital federal, o ato contou com uma carreata que percorreu algumas vias principais da cidade até a concentração para uma passeata. Indígenas de várias partes do país também se juntaram aos manifestantes para condenar a omissão do governo na proteção desses povos na pandemia e também em protesto contra a mudança na demarcação de terras.

Ao contrário dos atos em favor do governo, os manifestantes não foram autorizados a descer para a praça dos Três Poderes e se concentram no gramado em frente ao Congresso Nacional.

O evento no DF colocou no mesmo carro de som parlamentares de diversos partidos de esquerda.

Discursam com palavras duras contra o presidente, especialmente condenando a condução no enfrentamento da pandemia e o autoritarismo do governo, parlamentares como os deputados federais Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Pedro Uczai (PT-SC) e o deputado distrital Leandro Grass (Rede).

Também há diversas bandeiras de partidos, como PT, PSOL e PC do B, além de inúmeras camisetas com a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na capital de Pernambuco, o ato também uniu representantes de partidos à esquerda que disputam espaço na corrida eleitoral de 2022, como PT e PDT. O estado e a cidade são governados pelo PSB, que também teve representantes no ato.

No protesto anterior, realizado no dia 29 de maio, a Polícia Militar de Pernambuco atacou violentamente as pessoas que protestavam pacificamente contra o governo federal.

Diante do desgaste político, o governo estadual escalou agentes de conciliação para evitar qualquer tipo de animosidade entre polícia e manifestantes.

OUTRAS CIDADES

Até sexta-feira (18), estavam confirmados atos em mais de 400 cidades de todos os estados brasileiros, incluindo as 27 capitais. No exterior, a previsão era a de concentrações em 41 cidades, em países como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Portugal, Itália, Finlândia e Argentina.

Fonte Notícias ao Minuto

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