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Vereador propõe instauração de mais uma CPI na Câmara

Osvaldo Cruz
3 Min Leitura

A instauração de mais uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal foi proposta pelo vereador Jhonatas Monteiro (PSOL) durante a sessão ordinária desta quarta-feira (12). A comissão, desta vez, investigaria a situação do transporte coletivo na cidade. De acordo com o vereador, a situação caótica do transporte público é vivida forçosamente pela população há alguns anos.

“Nós iniciamos este trabalho no Legislativo tratando sobre o transporte coletivo em Feira. Os primeiros requerimentos tiveram como tema o cenário caótico vivido recentemente, que não é apenas por conta da pandemia do coronavírus, pois o sistema de transtorno, como é chamado, é vivido pela população há muitos anos. O melhor remédio é uma nova CPI nesta Casa, para que trate da situação mafiosa do transporte público feirense”, disse.

De acordo com Jhonatas, o cenário do transporte público é pior na pandemia, por conta da superlotação existente nos ônibus. “Esse problema não foi resolvido, apesar de todos os apelos, proposições e requerimentos. O governo municipal continua deixando a situação correr solta, e permitindo que o sistema de transporte coletivo seja um vetor de contaminação da covid-19 no município, sem levar nada do que foi discutido em consideração”.

Jhonatas pontuou que o cenário, já considerado ruim, vivencia a possibilidade de uma greve por tempo indeterminado. O anúncio foi feito pelo Sindicato dos Rodoviários, que anunciou ontem a possível paralisação, a partir de sexta (14), devido “ao atraso nos pagamentos, novamente, de modo injustificado, pelas empresas concessionárias”.

REPRESENTAÇÃO DOS VEREADORES DE OPOSIÇÃO SE TRANSFORMOU EM PROCEDIMENTO

Uma ação sobre o caos no transporte público foi ingressada pelos vereadores de oposição no Ministério Público Estadual há cerca de dois meses, e, segundo Jhonatas, foi acolhida pela instituição, se tornando um procedimento. “Na terça da semana passada tivemos uma reunião com a promotoria em operação no município, e as providências estão sendo tomadas nesse sentido”, disse.

Uma primeira razão, conforme Jhonatas, para a representação no MPE, é o resultado da auditoria contratada em 2018, com seis meses de prazo a R$ 797 mil, quase R$ 800 mil, e que até hoje sequer os resultados foram apresentados. “Uma das determinações deste procedimento, que o governo municipal vai ter que cumprir, é mostrar os resultados das etapas do que foi feito e do que não foi feito nessa dita auditoria”, destacou.

Ainda conforme o vereador, “se o governo acha que vai correr solto e não será tomada providência alguma, está enganado. Se o prefeito Colbert Martins Filho acha que pode deixar do jeito que está e que vai deixar a sua irresponsabilidade ir mais longe, e que não vai ter remédio, ele está enganado. Não esqueça que essa Casa vai cumprir o seu papel e tomar as providências necessárias”.

Ascom

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