Um médico de 56 anos, morador da Flórida, nos Estados Unidos, morreu de uma doença misteriosa no sangue, segundo relato de sua mulher ao Daily Mail, poucos dias depois de receber a vacina da Pfizer contra o novo coronavírus.
Segundo a mulher Heidi Neckelmann, o obstetra Gregory Michael era ativo, saudável e não tinha doenças pré-existentes antes de receber a vacina em 18 de dezembro. O pai de uma menina de 15 anos morreu vítima de um derrame hemorrágico no domingo (3), depois de duas semanas lutando contra uma rara doença auto-imune que faz com que o corpo destrua suas próprias plaquetas – fundamentais para a coagulação e, portanto, para evitar sangramentos.
Gregory não teve reação imediata à injeção, mas três dias depois estava tomando banho e notou manchas vermelhas nos pés e nas mãos. Ao ser hospitalizado, os médicos descobriram que ele sofria de uma falta aguda de plaquetas.
A mulher diz que ele tinha boa saúde, não fumava, bebia socialmente e praticava atividades físicas. Para ela, a vacina inovadora da Pfizer-BioNtech pode ter sido o gatilho. “Eles o testaram para tudo que você pode imaginar depois, até câncer, e não havia absolutamente nada de errado com ele”, diz ao Daily Mail. Se confirmada, a morte de Gregory seria a primeira relacionada à vacina contra o novo coronavírus.
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Ao Daily Mail, a Pfizer disse que estava ciente da morte “altamente incomum” do médico, e que o caso estava sendo investigando. No entanto, um porta-voz advertiu: “Não acreditamos, neste momento, que haja qualquer conexão direta com a vacina.”
A vacina
Em vez de um vírus vivo, a vacina da Pfizer usa mRNA, ou RNA mensageiro, que é um conjunto de instruções que diz às células como produzir uma proteína spike, a mesma encontrada na superfície do coronavírus. Isso faz com que o sistema imunológico produza anticorpos contra a proteína para que, se o coronavírus real entrar no corpo, ele possa ser reconhecido e destruído.
As vacinas da Pfizer e da Moderna são as únicas liberadas para uso nos EUA e até agora