Passado o processo eleitoral se faz necessário que o futuro gestor comece a fazer o planejamento das ações para dar continuidade aos projetos em andamentos e aplicar seu plano de governo. É o normal e tem sido sempre assim quando se trata de gestão municipal, pois, ele é ainda mais cauteloso por se trata de uma máquina mais próxima do povo.
Aconselha-se ao gestor eleito, que deva visitar a Câmara Municipal, pois, tem projetos em andamentos que vão nortear o futuro de sua administração.
Em Conceição da Feira, cidade limítrofre com Feira de Santana, o prefeito eleito, João de Furão, não conseguiu estabelecer um elo de ligação que imperasse a linha da razuabilidade política. O futuro prefeito, preferiu ao invés da solução no diálogo, inicitar da pior forma possível os edis, despertando iras.
As palavras do prefeito eleito, parece ultrapassar a barreira do respeito entre os dois poderes ao acusar os vereadores de estarem fazendo política negativa para inviabilizar sua futura administração.
“Os vereadores da bancada do atual prefeito, através do atual presidente da Câmara, estão tentando inviabilizar a próxima administração”, disse João.
João que é filho de político, deveria já ter aprendido a lição do respeitar para ser respeitado. Não é acusando os edis que ele vai chegar a um acordo ou solução viável que esteja dentro de sua visão para o desenvolver de seu governo.
É bom frisar que, ao parlamento cabe votar e aprovar a LDO-Lei de Diretrizes Orçamentária, sabendo também que, o pedido de suplementação é autorizado conforme confiança dos edis no gestor e que podem ou não, autorizar mediante lei aprovada de até 100%.
Ao que parece está faltando ao futuro gestor, habilidade para iniciar o processo de boa convivência com o parlamento, aplicando a regra dos poderes serem independentes e harmônicos.
Já no parlamento, o presidente vereador Del do Táxi, ao perceber que se trata de uma outra gestão e que o plano de Diretrizes foi elaborado pela atual gestão e que o atual gestor, não estará no comando o executivo no exercício a partir de 2021, retirou o projeto de pauta para criteriosa análise antes da votação e aprovação final. Ato de alta responsabilidade se tornando uma atitude de quem verdadeiramente tem visão, política e de administração pública.
Ao retirar o projeto de pauta, o atual presidente deu uma “forcinha” ao próximo gestor que era aquém competia ter a iniciativa de sentar com os edis para tentar mudar qualquer cláusula do projeto. Neste contexto, o prefeito eleito foi completamente equivocado em relação a posição do presidente da Câmara, ao invés de acusar, deveria agradecer e parabenizar.