Após as eleições de 2018, o deputado Carlos Geislon-PSDB, que não conseguiu se reeleger, declarou que não mais fazia parte do grupo politico do ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho-DEM e que havia ingressado no grupo do atual governador da Bahia, Rui Costa-PT.
A partir daí, Gilson tem vivido na expectativa de mais uma promessa de Rui Costa para Feira de Santana. Rui tem dito por onde passa e é perguntado sobre qual cargo o deputado Carlos Geilson, que a partir do dia 1 de fevereiro ficará sem mandato ou seja, será ex-deputado passando para a condição de suplente de deputado, ocupará no seu governo e a resposta é sempre a mesma “Carlos Geilson terá um cargo do tamanho de Feira”.
Mas, qual o tamanho de Feira para Rui Costa? A população sobretudo os torcedores de Carlos Geilson, vivem momentos de expectativa, suspense e apreensão, visto que, no Governo do PT, Feira nunca teve destaque ou nunca foi tão grande do ponto de vista de participação da maquina pública estadual. Na gestão passada, do então governador Jaques Wagner, o tamanho de Feira ficou limitado a uma secretaria sem muita expressão, o ex-vereador e professor Ildes Ferreira, ocupou a Secretaria de Ciência e Tecnologia e foi só isso.
Na era (dez anos) PT governando o Estado da Bahia, o tamanho de Feira de Santana na maquina pública, sempre foi pequeno, limitado a direção da Casa de medida sócio-educativa, Juiz Melo Matos, Sac e 3ª Ciretran. A ida de Carlos Gesilson para o grupo petista, gera expectativa de qual cargo no governo poderia assumir a ponto de ser considerado grande e tão importante quanto ao tamanho de Feira? Também gera apreensão, visto que os políticos de Feira que fizeram a opção de desertar do seu grupo de origem e ingressar no rival (PT), nunca tiveram grandes valorizações, a exemplo dos ex-deputados Jairo Carneiro e Eliana Boaventura que sempre ocuparam cargos de terceiro escalão.
Quem ensaiou um destaque foi deputado federal Fernando Torres-PSD, que ocupou a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (uma boa secretaria) mas, por pouco tempo.
Outro que não obteve sucesso, foi o ex-deputado federal Fernando de Fabinho, que era considerado o braço direito e herdeiro politico de José Ronaldo, que abandonou o grupo ronaldista logo após a desistência de concorrer a reeleição e desapareceu na politica e nem ocupou qualquer cargo no governo.
Abre-se um parentese para o ex-deputado Jairo Carneiro, que quando exercia o cargo de chefia de gabinete da Secretaria de Agricultura, chegou a ocupar o cargo de secretario estadual da mesma pasta, mas, também por pouco tempo.
Lembrando que os políticos da terra que são da base de Rui Costa e que perderam seus mandatos a exemplo dos ex-vereadores Beldes Ramos-PT, Marialvo Barreto-PT e Messias Gonzaga-PCdoB, esses nunca conseguiram retornar ao poder e também nunca assumiram cargo de destaque no Governo.
Mas, Carlos Geilson que tem no seu coração o desejo de ser prefeito de Feira de Santana, pode quebrar esse paradigma e de fato ocupar um cargo de destaque no governo de Rui Costa e por Feira de Santana na estampa estadual, como uma cidade que detêm uma posição forte no Estado.
Por outro lado, a posição de Carlos Geilson no grupo petista tem data, como ele pretende disputar eleição em 2020 para prefeito de Feira de Santana, se ganhar terá todos os destaques e mimos de Rui, mas, se perder ou não tiver uma votação expressiva, poderá ser seu fim na carreira politica.
O povo de Feira de Santana deseja que Rui Costa, consiga de fato enxergar o verdadeiro tamanho de Feira de Santana, e contemple os políticos que aderiram seu grupo politico com algo que faça seu povo se orgulhar, mas, para isso, será preciso que o governador faça um criterioso exame oftalmológico e que obtenha uma lente especial que lhe permita enxergar a grandeza de Feira de Santana, capaz de lhe permitir encontrar um cargo no seu governo que seja realmente do tamanho de Feira.
