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A Bahia vive em estado de guerra, diz deputado Targino

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Deputado Targino Machado
Deputado Targino Machado
Deputado Targino Machado

O deputado estadual, Targino Machado, em pronunciamento na Assembleia Legislativa da Bahia alertou a população baiana para a violência e chamou a atenção do governador, Ruy Costa, para que o mesmo possa promover a paz no estado.  Segundo o deputado, a Bahia está entre os estados do Brasil com elevado índice de homicídio.

“Na Síria, um país em guerra, morrem 50 mil pessoas assassinadas por ano. No Brasil, em plena democracia, morrem mais de 59 mil pessoas assassinadas por ano. A Bahia é o estado brasileiro com maior número absoluto de homicídios, morrem mais de 6 mil pessoas assassinadas, em média, por ano. Estes números deveriam afligir os nossos governantes”, alertou Targino.

De acordo com Machado, os homicídios ocorridos na Bahia são de responsabilidade do Estado, “pois é dele a responsabilidade constitucional pela segurança pública oferecida a população”. O deputado afirmou que a sociedade está órfã de referências, de modelos e de lideranças políticas responsáveis, salvo algumas exceções e por isso, segundo o parlamentar, agem como se valesse a regra: cada um por si.

“O tecido social se rompe. A política deveria garantir o céu, ao contrário disto, não tem conseguido evitar o inferno. E ao inferno chega-se, quando o governo abandona a sociedade à sua própria sorte”, enfatizou Targino.

Para o deputado é necessário que as pessoas busquem o senso comum para incentivar o valor da política e que também se tenha leis aplicáveis no país. Ele também revelou acreditar seriamente na força da educação e na força política para que haja significativas mudanças.

“Todos na sociedade desejam os limites que devem ser oferecidos pelo Estado. Todos precisam acreditar nos valores fundamentais da vida, buscar o senso comum para incentivar o valor da política, da vida pública. Não podemos abandonar, em nome do consenso, a repressão. É necessário leis claras e aplicáveis, punições proporcionais aos delitos e muito bom senso, pois desta união entre o bom senso e a repressão há de surgir uma sociedade mais equilibrada, onde haverá repressão tanto para o cidadão que comete crime, quanto para o governante que se desvia. Acredito na força da educação e na força da polícia. Quanto mais educação, menos polícia”, desabafou Targino.

Ele também criticou a atuação do governado, chamando atenção para que o mesmo possa estar mais próximo aos problemas enfrentados pela população baiana.

“Convido o governador Rui Costa a ficar de frente para a sociedade e os seus problemas, sendo que a violência aflige a todos e parece não afligir ao governador. Que o governador saia da propaganda institucional e assuma o papel de tutor da sociedade, que abandone o mundo irreal da propaganda e, unindo bom senso e repressão, promova a paz para a sociedade baiana. Não temos nenhuma tragédia natural no nosso estado, mas o Governo está permitindo a dilaceração da sociedade com tantas perdas de vidas humanas evitáveis. Os milhões investidos, diariamente, em propaganda irreal, se fossem investidos no consenso e na coerção, não estaríamos neste estado de guerra, em plena democracia. Queremos paz, senhor Governador!”, criticou.

 

 

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